Projeto de comunicação alternativa transforma a vida de estudantes autistas
Iniciativa está sendo aplicada na rotina de 20 alunos de escola pública
Sara Raquel Leite Ramos Matheus RU1097541
Polo Sorocaba.
Um projeto de comunicação alternativa voltado para o aprendizado de alunos autistas vai transformar a vida de 20 estudantes do ensino fundamental da Escola Cora Coralina no município de Morada do Sol. A iniciativa, que é fruto de parceria entre a escola e duas ONGS, pretende implementar estratégias para o desenvolvimento da comunicação dos alunos e a maior inclusão escolar e social através de dispositivos de comunicação alternativa; que usa dispositivos e técnicas para viabilizar a comunicação de pessoas autistas. As ferramentas de comunicação alternativa incluem sistemas computadorizados, símbolos pictográficos e tabuleiros de figuras.
Antes de o método de comunicação facilitada começar a ser
utilizado com os estudantes, os professores da escola participaram de um curso
de formação e encontros para análise das
práticas. Os participantes do curso já começaram a replicar o conhecimento para
outros profissionais de outras escolas
. De
acordo com o coordenador do projeto, são utilizados como materiais didáticos
cartões com fotos, desenhos e letras, tablets e teclados de computador, além de
vários tipos de apoio físico, comunicativo e emocional; pois já que nos casos
de autismo moderado ou severo, a pessoa praticamente não consegue se expressar
por meio da fala, e essa comunicação alternativa incentiva o uso das mãos e,
principalmente, dos dedos para apontar figuras, desenhos e letras em cartões,
além de incentivar a produção de textos.
TABLETS
Para incentivar o projeto, a Prefeitura de Ilhéus entregou 50
tablets, que facilitariam a comunicação de alunos com autismo. Foram
distribuídos ainda equipamentos para que
os estudantes possam levar os tablets para casa, a fim de que o equipamento facilite a
comunicação deles com os familiares, professores e demais alunos.
O secretário de educação do município enumera os benefícios
de incluir a tecnologia no dia a dia; que segundo ele, além de ajudar no
aprendizado dessas crianças, terão papel fundamental no desenvolvimento de suas
habilidades socioemocionais.
Ele admitiu que ainda há um longo caminho no Brasil para
conectar todas as escolas e ao decorrer do tempo, as metas e propostas pensadas
para inclusão digital precisam mudar, não apenas em projetos de inclusão como
esse, mas em toda a rede pública.
Segundo ele, a tecnologia precisa urgentemente ser uma
realidade nas salas de aula, para que na educação do século 21 o professor seja
um facilitador do conhecimento e o aluno possa ter mais autonomia no
aprendizado.
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